É chover no molhado falar sobre a importância do estímulo à leitura na infância. Um consenso superficial que nos afasta de problemas reais de acesso ao livro, espaços físicos propícios e tempo para que as práticas de leituras aconteçam e sejam frutíferas e variadas em nosso país.
Sentimos que, cada vez mais, o incentivo à autonomia no ato de ler é fundamental. A intimidade com as palavras e seus significados contribui para leitura e elaboração de mundos mais ricos. Mesmo com a web, e até por isso, os exercícios de compreensão, interpretação e expressão fazem parte das habilidades necessárias para a interação social saudável. A literatura ajuda a abrir mundos, muitas vezes limitados pela pressão social, econômica, cultural.
Viver no Brasil nos ensina essas lições todos os dias. A quantidade de leitores no país caiu de 56% em 2015, para 52% em 2019, dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, estudo feito a cada quatro anos pelo Instituto Pró-Livro. Esses números, em um contexto de aumento do uso de dispositivos eletrônicos para acesso à internet, estão diretamente correlacionados aos fenômenos da infodemia e a sua cara metade: a desinformação.
Infodemia é o termo usado para caracterizar o aumento no volume de informações associadas a um assunto específico que se multiplicam pelas redes sociais. Sua correlata, a desinformação, emerge a partir desse mesmo fenômeno, com o surgimento de rumores, manipulações, informações falsas e propositalmente enganosas. Mas essa é apenas uma parte da história. A outra parte é abrir espaço para o país pulsante. Em meio a tudo isso ainda temos a arte, a cultura, a literatura.
Estando em meio a esse contexto distópico de crise de comunicação, acreditamos que o investimento no incentivo à leitura seja o diferencial na geração de mecanismos de defesa contra os ataques midiáticos contemporâneos.
No universo da literatura, temos escritores, ilustradores e contadores de histórias fantásticos. Nessa seara, graças à riqueza cultural transbordante em nosso país, vemos o surgimento de obras encantadoras que são o real motivo deste texto.
Assim é “Queixo de Cobra”, de Carla Chastinet. Escritora carioca-soteropolitana, que inspirada pelo nome de uma música instrumental do multi-instrumentista e compositor Sivuca, escreveu esse livro de leitura prazerosa, leve, divertida.
A imaginação precisou correr solta para desenhar pela escrita o que seria um “queixo de cobra”, e também para que a ilustradora Tamires Lima interpretasse belamente, com delicados traços e cores, os personagens envolvidos na inusitada trama. É essa criatividade no ato de escrever, alimentada pelas nossas expressões culturais, que mais nos anima a publicar bons livros. Saber que muitas crianças e também adultos vão se divertir como nós ao ler, folhear essas páginas e imaginar uma cobra com queixo e uma ratinha muito esperta.
Queixo de Cobra é o primeiro livro do selo infantil da nossa Editora: Tucunzim.
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A leitura por deleite, por prazer. Sim, temos direito! A imaginação por deleite, por prazer. Sim, temos direito!
A arte te faz pensar novos mundos e novos pensamentos! Assim, mestre Sivuca provocou Carla Chastinet. Quantas novas histórias esses dois não podem inspirar?
Conheça a história do livro “Queixo de Cobra”.